Escotismo

História do Ramo Pioneiro

O Lobismo resolveu o problema dos garotos menores de 11 anos, que queriam ser escoteiros. Agora o problema é como manter os rapazes maiores, o que foi mais complicado vamos brevemente a origem e desenvolvimento deste ramo.
Em novembro de 1913 Badem Powell escreveu o seguinte na “ Headquarters Gazette”.
“ Por longo tempo tem sido um desejo por parte de todo o movimento, que se crie um meio de manter os ex-escoteiros em contato com o movimento e sob sua saudável influencia. Creio que encontramos um meio para este fim sob a forma de uma sociedade amiga e segura. Todo jovem ao chegar aos 16 anos, por força de lei, deve ingressar em uma sociedade reconhecida desta natureza. Assim pois porque não ingressar na sociedade amiga dos escoteiros? Em vez de qualquer outra. Espalhar suas sucursais em todo o pais, e ele poderá por tanto pedir translado de uma sucursal a outra, se sua carreira o leva a distantes partes do pais.
Se pensa que os membros preferem estar unidos sob uma promessa similar a dos escoteiros com a finalidade de ser útil aos demais. Com este objetivo alguma cerimônia se criara para o ingresso no ramo de escoteiros Maiores.
Tenho recebido muitas solicitações de adultos perguntando se alguma forma de ingressar no escotismo para levar adiante seus ideais. Minha resposta é que o podem fazer, se tornando um chefes escoteiro, porem creio que esta sociedade atrairia muito deles.”
Os objetivos da sociedade “Amiga dos Escoteiros” que acabou organizada em janeiro de 1914 era segundo a minuta de B-P.
“(1) Manter os escoteiros em contato consigo mesmo e com o movimento, quando tiver que deixar a tropa e sair a batalha pelo mundo.
(2) Conservar os ideais de boa cidadania que lhe foi ensinado como escoteiro.
(3) Atrair ao movimento jovens que não foram escoteiros, e dar-lhes a oportunidade de fazer um serviço ao seu pais.”
Se não fosse o aspecto desolador da 1ª Guerra Mundial que iniciou poucos meses depois é possível que este ramo tivesse desenvolvido da forma que B-P tanto desejava.
O problema ficou suspenso ate junho de 1917, data em que B-P publicou um elaborado esquema de “Escoteiros Maiores”. A proposta geral do esquema era fornecer ao jovem de 15 anos em diante, atividades especiais, com o objetivo de ajuda-lo na formação de sua careira. Este esquema fracassou totalmente. O termo Escoteiros Maiores caiu em desuso e cedeu lugar a de (ROVER SCOUT) que apareceu no ano seguinte em 1918.
O pioneiro do ramo ROVER foi o Coronel Ulick Burgh primeiro sub comissário e chefe, um dos maiores e mais sinceros escoteiros que o movimento teve. Sua morte prematura em novembro de 1921 foi uma perda irreparável para este novo Ramo.
Vejamos a opinião pessoal de B-P em 1918 sobre a necessidade e método do Roverismo.
“ Meu sentimento pessoal que a etapa Rover é o terceiro passo progressivo na educação do escoteiro. E sua importância é que completa sua educação e também o mantém sob as boas influencias e em boas companhias durante um período critico de sua vida.
Porem não se pode manter, sem dar-lhes certos objetivos, E atividades definidas... assim é que lhes oferecemos serviço. Sua vida previa no escotismo, tanto como lobinho e como escoteiro, foi uma preparação para ele.
Portanto “SERVIÇO” devem incluir três passos progressivos.
1) Serviço a si mesmo. Isto é.
a) Preparar-se para uma carreira, para que não seja uma carga para sua família.
b) Desenvolver sua saúde mediante atividades ao ar livre, acampamentos excursões etc...
c) Colaborar energicamente em seu trabalho, com sua contribuição ao bem estar nacional.
2) Serviço ao movimento escoteiro.
Neste sentido (desde que não seja muito numeroso), os Rovers podem ajudar
muito, e em diferentes graus, e de acordo com sua capacidade e interesse; porem devem ser nossa principal fonte de abastecimento da chefia.
3) Serviço a comunidade.
Isto da base para que o Rover estude “civismo” e este é o passo final para converte-lo em um bom cidadão
A prestação de serviço de qualquer tipo é o método escoteiro de aplicar sua promessa a Deus.
Sou contra converter o Ramo Rover em uma forma de movimento religioso pois assim sera afastado os espíritos indomáveis, e estes são os jovens que queremos manter na linha.
Se jovens de fora, isto é não escoteiros desejam ingressar como Rovers, atraídos pela boa companhia os objetivos e o Serviço, tanto melhor.”
Com a fundação deste ramo em 1918, surgiu a necessidade de um manual para Rovers, comparável ao “Escotismo para Rapazes” e o “Manual do Lobinho”. A principio este caminho não era claro para B-P. E queria que o novo ramo fosse elástico e não atado por regras e regulamentos, e tão pouco podia ter, em sua opinião nenhum esquema forte e rápido de adestramento pratico. Em uma das primeiras conferencias de chefes de clã B-P lhes enviou os seguintes 6 pontos que eram o que na sua opinião deveriam orientar o ramo rover.
“1) Que os Rovers são escoteiros e que o espírito escoteiro é a atmosfera do ar
livre são essenciais.
2)Que o serviço não seja alheio a vida cotidiana e de trabalho do Rover. O progresso em sua profissão é parte de seu serviço comunitário
3) O Roverismo é parcialmente uma preparação para a vida e também uma ocupação para toda a vida.
4)Que permaneça a característica do caráter, que é extremamente rara e valiosa, portanto necessária para a juventude de hoje. Esta característica pode ser desenvolvida no Roverismo.
5) Que ao formular qualquer regra ou esquema para o Roverismo que seja elástico. Olhem longe e exponha com amplitude, pois será de aplicação não só em Londres, também em nossos domínios de ultra mar, e nos paises estrangeiros, os quais todos olham para nos como guia e exemplo.
6) Que a intenção do Roverismo não é fazer de um homem um pedante satisfeito com sigo mesmo, ou a um santo melancólico, e sim a ajudá-lo a dirigir sua alegre e jovem energia, em direção a caminhos que lhes trarão maior felicidade, visando uma vida que valha a pena, por seus serviços ao próximo.”
Quanto ao referido manual por fim apareceu em 1922 sob o titulo de (Rovering to Succes). Resultou em um livro de conselhos e guia para os muitos problemas, que confrontam os jovens, e por tanto com muito êxito também fora do movimento escoteiro.
Podemos então definir o Roverismo como sendo uma irmandade de serviço e do ar livre cujos propósitos são.
a) Continuar o adestramento em boa cidadania dada ao Lobinho e aos Escoteiros.
b) Incentivar os Rovers para que desempenhem ocupações úteis a eles mesmos e para que prestem serviço a sua comunidade. O Roverismo compreende um período da vida durante a qual o jovem esta “ encontrando a si mesmo”isto é desenvolvendo seu caráter e suas faculdades, e procurar ajudá-lo a por em pratica,em um mundo maior os princípios da Promessa e da Lei Escoteira.

3 comentários:

  1. Ola pessoal conheçam o projeto BIO ESCOTISMO
    http://bioescotismo.blogspot.com/

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  2. saps

    BP sempre soube que fazia
    não foi a toa e não é que ele
    até os dias de hoje é o MAIOR E MELHOR
    ESCOTEIRO DE TODOS OS TEMPOS
    PORÉM ninguém poderá substituir
    pois suas idéias e seus projetos estão aí
    agora cabe a nós levar a frente
    sempre alerta
    MAKRINHO VILHENA

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  3. Eu não conhecia este texto, é muito bom.
    Parece que ele escuta as nossas dúvidas de hoje e retorna ao passado para incluilas no texto e esclarecê-las .
    Veja ue interessante o enfoque que ele dá quando fala servir a si mesmo.

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